Por João Paulo da Silva
Hoje não vou escrever. Quer dizer, não vou escrever sobre assuntos relevantes. Nada de política, economia (eu acho que escrevo sobre isso), cenas do cotidiano etc. Quis me dar uma folga nesse final de semana. Afinal, ontem, 17 de janeiro, foi meu aniversário.
Hoje não vou escrever. Quer dizer, não vou escrever sobre assuntos relevantes. Nada de política, economia (eu acho que escrevo sobre isso), cenas do cotidiano etc. Quis me dar uma folga nesse final de semana. Afinal, ontem, 17 de janeiro, foi meu aniversário.
Cheguei aos 24 anos com certa tranqüilidade, relativamente ileso. Ainda não tenho aquela barriga saliente, típica do descuido que vem com o tempo. Voltei a me exercitar. Corro uns sete ou oito quilômetros todas as manhãs, pelo menos em tese. Quanto à perda de cabelos, já estou tomando remédio. Não vou me render. Até aceito perder os cabelos aos 40 anos. Mas aos 24 não.
Ao completar mais uma primavera, duas sensações me assaltam. A primeira é de felicidade por ter chegado até aqui. A segunda é de leve aflição por estar ficando mais velho. Por exemplo, ano que vem farei 25 anos. Ou seja, 1/4 de século. E aí já viu, né? Dos 25 aos 30, é um pulo. Depois, cada ano que passar será uma década. 40, 50, 60, 70... Isso porque estou sendo bem otimista.
Aqui em casa teve um bolinho para comemorar meu aniversário. Poucas pessoas, todas especiais. Mas parece que sempre nos falta algo ou alguém. Na hora de apagar as velinhas, fiz um pedido lindo. Claro que não vou contar o desejo. Corro o risco de não vê-lo realizado.
Bom, quero aproveitar muito esses meus vinte e poucos anos. E vou começar me divertindo. É que chegou aqui no bairro um circo bem pequenininho, muito precário mesmo. Mas parece ser feito da mesma matéria dos sonhos, o que às vezes é o mais importante.
Dentre as principais atrações, está o fabuloso e destemido domador de bodes.
E eu não vou perder isso por nada nesse mundo.