Na beira do mar, o Roberval segurava sua tacinha de plástico cheia de
vinho espumante barato. Vestido de branco, assim como milhares de tantas outras
pessoas, ele aguardava eufórico a queima de fogos e a chegada do ano novo. No
peito, aquele velho e conhecido sentimento: “Porra, o próximo ano tem que ser
melhor, né?! Esse foi de lascar.”.
E o Roberval tinha razão. O ano não fora nada bom. Cheio de corrupção, desastres naturais, demissões, mortes. Uma enxurrada de tragédias individuais e coletivas, muitas das quais ele mesmo começou a recordar naquele momento, enquanto esperava o início da contagem regressiva.
E o Roberval tinha razão. O ano não fora nada bom. Cheio de corrupção, desastres naturais, demissões, mortes. Uma enxurrada de tragédias individuais e coletivas, muitas das quais ele mesmo começou a recordar naquele momento, enquanto esperava o início da contagem regressiva.