Por João Paulo da Silva
A maioria de vocês, assim como eu, provavelmente acompanhou nos gibis ou nos cinemas as aventuras de conhecidos super-heróis, imortalizados pela cultura pop, como Homem-Aranha, Super-Homem, Capitão América, X-Men etc etc etc. Gente que utiliza super poderes para salvar vidas, impedir o fim do mundo e lutar por justiça e liberdade. Gente que pode voar, desviar de balas, escalar paredes com as próprias mãos e levantar toneladas. Longe da ficção e da fantasia, essa gente não existe. Na vida real, os heróis são outros. São de carne e osso, sangram, pagam contas, recebem salários de fome, andam em ônibus lotados e passam horas em filas de hospitais. Mas, entre os personagens dos gibis e os humanos da realidade, existe ao menos uma semelhança: todos eles possuem terríveis vilões para enfrentar.
No universo das histórias em quadrinhos, os inimigos querem dominar o planeta, fazer experimentos perigosos e mirabolantes e espalhar maldade por todos os lados. No mundo real, é um pouco diferente, mas não menos terrível. Os vilões já controlam o mundo, através de bancos, grandes empresas, latifúndios e governos opressores. Exploram o trabalho da maioria dos povos e fazem guerras para garantir lucros altos. Com uma ganância sem limites, os inimigos da vida concreta ainda cortam verbas dos serviços públicos essenciais, só para alcançar um superávit primário maior e encher cada vez mais os próprios bolsos de dinheiro. O desemprego, a fome, a miséria e a violência são as consequências que vêm com os atos dos verdadeiros vilões.
Assim como os super-heróis dos gibis, os heróis de carne e osso também lutam todos os dias. Lutam para salvar vidas de incêndios, lutam para salvar vidas em hospitais, lutam para guiar vidas nas salas de aula e lutam pela própria sobrevivência. Mas quando estes heróis decidem lutar cruzando os braços em defesa de melhores salários e condições de trabalho, os vilões da História, da mesma forma como nos gibis, respondem com ações inescrupulosas e violentas. Chamam os mocinhos de vândalos, bandidos e delinquentes, além de convocar a polícia para reprimir.
No entanto, igualando-se aos super-heróis das histórias em quadrinhos, os heróis que sangram e recebem salários de fome também resistem e enfrentam seus inimigos. Às vezes perdem, às vezes ganham. Mas sempre retiram lições importantes de suas batalhas. Descobrem que, ao contrário dos super-heróis dos gibis, eles não podem vencer seus próprios vilões sozinhos. Precisam estar juntos, unidos como um time, um grupo, uma liga, uma classe.
Os bombeiros do Rio de Janeiro e todos os trabalhadores que fazem greves neste país e enfrentam seus inimigos mostraram ao mundo que é possível lutar, que é possível vencer. Mesmo sem possuir super poderes.
A maioria de vocês, assim como eu, provavelmente acompanhou nos gibis ou nos cinemas as aventuras de conhecidos super-heróis, imortalizados pela cultura pop, como Homem-Aranha, Super-Homem, Capitão América, X-Men etc etc etc. Gente que utiliza super poderes para salvar vidas, impedir o fim do mundo e lutar por justiça e liberdade. Gente que pode voar, desviar de balas, escalar paredes com as próprias mãos e levantar toneladas. Longe da ficção e da fantasia, essa gente não existe. Na vida real, os heróis são outros. São de carne e osso, sangram, pagam contas, recebem salários de fome, andam em ônibus lotados e passam horas em filas de hospitais. Mas, entre os personagens dos gibis e os humanos da realidade, existe ao menos uma semelhança: todos eles possuem terríveis vilões para enfrentar.
No universo das histórias em quadrinhos, os inimigos querem dominar o planeta, fazer experimentos perigosos e mirabolantes e espalhar maldade por todos os lados. No mundo real, é um pouco diferente, mas não menos terrível. Os vilões já controlam o mundo, através de bancos, grandes empresas, latifúndios e governos opressores. Exploram o trabalho da maioria dos povos e fazem guerras para garantir lucros altos. Com uma ganância sem limites, os inimigos da vida concreta ainda cortam verbas dos serviços públicos essenciais, só para alcançar um superávit primário maior e encher cada vez mais os próprios bolsos de dinheiro. O desemprego, a fome, a miséria e a violência são as consequências que vêm com os atos dos verdadeiros vilões.
Assim como os super-heróis dos gibis, os heróis de carne e osso também lutam todos os dias. Lutam para salvar vidas de incêndios, lutam para salvar vidas em hospitais, lutam para guiar vidas nas salas de aula e lutam pela própria sobrevivência. Mas quando estes heróis decidem lutar cruzando os braços em defesa de melhores salários e condições de trabalho, os vilões da História, da mesma forma como nos gibis, respondem com ações inescrupulosas e violentas. Chamam os mocinhos de vândalos, bandidos e delinquentes, além de convocar a polícia para reprimir.
No entanto, igualando-se aos super-heróis das histórias em quadrinhos, os heróis que sangram e recebem salários de fome também resistem e enfrentam seus inimigos. Às vezes perdem, às vezes ganham. Mas sempre retiram lições importantes de suas batalhas. Descobrem que, ao contrário dos super-heróis dos gibis, eles não podem vencer seus próprios vilões sozinhos. Precisam estar juntos, unidos como um time, um grupo, uma liga, uma classe.
Os bombeiros do Rio de Janeiro e todos os trabalhadores que fazem greves neste país e enfrentam seus inimigos mostraram ao mundo que é possível lutar, que é possível vencer. Mesmo sem possuir super poderes.
4 comentários:
Caro João, há muito tempo não via uma categoria se rebelar contra um governo como nossos bravos bombeiros do Rio de Janeiro. Quando houve a tragédia das chuvas na região serrana do Rio, alguns bombeiros morreram, deram suas vidas pela população. Não é justo, que quando reivindicam melhores salários e condições de trabalho, sejam chamados de vândalos e bandidos pelo governador. Mas, me orgulho de ser do Rio de Janeiro, ser professora do estado, de estar em greve também e de saber que a sociedade apoiou o movimento dos bombeiros e o governador teve que se calar. Obrigada pelas belas palavras de apoio aos nossos heróis bombeiros!!!
João, tanta foto do homem-aranha e você pegou a mais tosca pra ilustrar a postagem... quanta vontade de ser brega, hein. :p
Sobre o texto, é verdade que os que possuem tarefas profissionais mais árduas (como os bombeiros) e recebem em troca salários aviltantes merecem nosso apoio e compreensão quando protestam contra essa condição de vida a que são submetidos.
É verdade, também, que greve (ou aquartelamento, quando no caso dos militares, que legalmente não possuem tal direito) é um dos direitos dos que vendem a força de trabalho para sobreviver. Um protesto de bombeiros ou professores com R$930 de salário serve como denúncia do paradoxo que é nossa sociedade: ao mesmo tempo que não se tem verba para remuneração do funcionalismo público, tem para aumentar (de forma vergonhosa, diga-se!) os salários dos parlamentares e comissionados. Na mesma medida que construir hospitais e escolas se torna escasso, vemos R$430 milhões de dinheiro público ser dado ao Corinthians para fazer um estádio de futebol.
A reação contra esse tipo de conduta dos nossos gestores, que até chega a ferir o princípio da moralidade pública, ainda é muito pequena. Até na hora do voto, ela pouco se expressa.
No entanto, nem vou dizer que colocar tal intelectual de esquerda no lugar da Dilma vai ser a solução. A verdade é que não adianta só reclamar, é necessário fazer e fazer bem feito.
E a esquerda, vide as experiências que ela mesmo protagoniza, só tem sido boa em fazer críticas, apontar problemas etc. Para saná-los é tão ruim (ou até pior) que a direita! Isso quando não dão a volta pra direita depois de eleitos...
Como diz o senhor Omar: trágico!
PS: Os cômico é que hoje os sindicatos fazem campanha de solidariedade aos militares. Amanhã, num protesto qualquer, esses mesmos militares vão reprimir os sindicalistas que foram solidários a eles... como organizar isso? Todo mundo insatisfeito com o governo, mas não existe unidade.
Esse é o João esbanjando crítica à sociedade! Concordo contigo vírgula por vírgula. Abraço.
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