Por João Paulo da Silva
Todas as noites eu deito minha cabeça num travesseiro confortável, me espalho numa cama bem quentinha e durmo tranquilo, embaixo de um teto erguido com muito suor. É por ter uma casa que não estou sob as marquises ou ao relento no centro da cidade. É por ter onde morar que não preciso me cobrir com papelões ou fazer uma fogueira para me proteger do frio. É por ter um lar que acho bonito a chuva batendo na janela. É para este lugar que eu sempre retorno, ao final de cada dia de trabalho, desejando apenas o mesmo descanso daqueles que lutam para ganhar a vida honestamente. Minha casa não é nenhum palácio, não ocupa uma rua inteira do quarteirão, não possui ostentações desnecessárias. No entanto, é nela que abrigo o meu sossego, a minha paz. A casa de um homem, de uma mulher ou de uma família é um templo inviolável. É o local onde nos encontramos protegidos, seguros de que ali ninguém irá nos incomodar. A casa da gente, na verdade, é a última trincheira da nossa dignidade. Foi isso que roubaram dos moradores do Pinheirinho.
Todas as noites eu deito minha cabeça num travesseiro confortável, me espalho numa cama bem quentinha e durmo tranquilo, embaixo de um teto erguido com muito suor. É por ter uma casa que não estou sob as marquises ou ao relento no centro da cidade. É por ter onde morar que não preciso me cobrir com papelões ou fazer uma fogueira para me proteger do frio. É por ter um lar que acho bonito a chuva batendo na janela. É para este lugar que eu sempre retorno, ao final de cada dia de trabalho, desejando apenas o mesmo descanso daqueles que lutam para ganhar a vida honestamente. Minha casa não é nenhum palácio, não ocupa uma rua inteira do quarteirão, não possui ostentações desnecessárias. No entanto, é nela que abrigo o meu sossego, a minha paz. A casa de um homem, de uma mulher ou de uma família é um templo inviolável. É o local onde nos encontramos protegidos, seguros de que ali ninguém irá nos incomodar. A casa da gente, na verdade, é a última trincheira da nossa dignidade. Foi isso que roubaram dos moradores do Pinheirinho.