Por João Paulo da Silva
Durante semanas, nos bares, locais de trabalho, casas, esquinas, o assunto foi um só: eleições. É o momento em que as pessoas discutem e conversam mais sobre os problemas da cidade, do estado, do país. Mas existe entre os trabalhadores e os ativistas honestos uma grande desconfiança em relação ao processo eleitoral. E com toda razão. Desde o fim da ditadura militar, já se passaram mais de vinte anos de democracia. De lá pra cá, a vida da classe trabalhadora só piorou. Tudo isso porque vivemos a democracia dos ricos, dos patrões. Os salários são baixos, o desemprego é alto e a comida é cara. O povo vota, mas não decide. Essa democracia não ajuda a comer, a vestir, a morar. Pelo menos não para os pobres.
Isto tem uma explicação: a democracia dos ricos é um jogo de cartas marcadas. Só são eleitos os candidatos dos partidos que representam os interesses dos patrões, pois recebem verdadeiras fortunas para fazer campanhas milionárias. Quando estes partidos chegam ao poder, governam para os empresários e usineiros que os financiaram. Enquanto isso, o povo é esquecido. A falsa disputa entre PT, PP, PSDB, PMDB, PDT, PCdoB e DEM é apenas uma briga pelo controle do Estado burguês e de suas verbas, pois são exatamente estes partidos que aplicam o mesmo plano econômico e a mesma corrupção.
Nestas eleições, as candidaturas de Cícero Almeida (PP), Judson Cabral (PT) e Solange Jurema (PSDB) representam os mesmos interesses. Vão governar contra os trabalhadores e o povo pobre das periferias, em benefício dos empresários e usineiros de Alagoas.
Cícero Almeida governa com as mãos sujas de João Lyra. A construção de viadutos, homenageando os ricos, não resolveu o problema dos trabalhadores sem acesso à saúde, educação e saneamento. O compromisso de Cícero não é com o povo. É com o lucro dos empresários! A prova disso é que o atual prefeito acha melhor comprar remédios dos grandes laboratórios privados do que do Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas (LIFAL), que produz 23 tipos de medicamentos por um preço bem menor. Sem falar dos três aumentos de passagem de ônibus.
O candidato do PT, Judson Cabral, se for eleito vai aplicar a mesma política do governo Lula, favorecendo empresários e banqueiros com milhões enquanto os trabalhadores seguirão com salários achatados e perdendo direitos. Judson não pode falar em honestidade e ética, porque representa o partido do mensalão.
Solange Jurema, do PSDB, dispensa até comentários. A candidata foi ministra no governo de Fernando Henrique Cardoso, aquele que chamou trabalhador de vagabundo e privatizou muitas estatais, como a antiga Vale do Rio Doce.
Diante disso, você pode perguntar: então o que se pode fazer em uma eleição? A verdade é que precisamos de uma mudança profunda em nossas vidas, que só virá com o socialismo. Não virá com as eleições. Mas não podemos deixar o povo ser enganado pelos representantes dos patrões. É preciso uma alternativa dos trabalhadores, uma alternativa socialista, que mostre durante a campanha eleitoral que só a luta pode mudar a vida. Só através de greves e mobilizações da classe trabalhadora é possível conquistar vitórias.
Uma candidatura comprometida com a luta dos trabalhadores e com o socialismo não dará a você “brindes”, nem dinheiro, nem cargos. Este é o tipo de campanha dos partidos que estão no poder: oferecem migalhas para que eles continuem mandando em tudo e roubando o povo. Uma campanha da classe trabalhadora é modesta e se orgulha disso, pois não tem o dinheiro dos patrões e da corrupção. Portanto, nestas eleições defenda uma candidatura operária e socialista! Diga não aos patrões! Vote no PSTU!
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