Por João Paulo da Silva
Para a mulher amada fazemos de tudo. Reservamos o que há de melhor em nós mesmos e amamos ao extremo. Porque se não for assim não vale a pena. Um homem não pode passar pela vida e não amar uma mulher, não dar a ela sua cota de humanidade. A mulher amada é aquela que se inscreve em nosso sangue com a força de uma queimadura. É a essa mulher que entregamos nossos olhos, mãos, boca, sexo, sonhos e coração.
Para a mulher amada fazemos de tudo. Reservamos o que há de melhor em nós mesmos e amamos ao extremo. Porque se não for assim não vale a pena. Um homem não pode passar pela vida e não amar uma mulher, não dar a ela sua cota de humanidade. A mulher amada é aquela que se inscreve em nosso sangue com a força de uma queimadura. É a essa mulher que entregamos nossos olhos, mãos, boca, sexo, sonhos e coração.
Para a mulher amada, cedemos o peito todas as noites para que durma tranquila, sempre garantindo a ela que estaremos vigiando seu sono a fim de que não haja sobressaltos. Para a mulher amada só se fala a verdade, pois mentir é constatar a ausência de amor. A ela, dizemos “eu te amo” em todas as línguas, ainda que com erros de ortografia. Fazemos cafuné e massagem no pé. Antes, durante e depois do café. Mesmo para as que têm caspa e frieira. Para a mulher amada, é preciso fazer um poema a cada amanhecer, porque só com a literatura é possível registrar os amores.
Para a mulher amada, levamos flores e bombons, como faziam os sábios antigos. Só para ela mandamos cartões de amor com corações vermelhos e abobalhados. É só para esta mulher que ao homem é permitido transforma-se em menino, correr nu pela praia e subir na mesa do bar para gritar eu te amo. Pela mulher amada fazemos sacrifícios. Saímos para comprar jaca de madrugada, aprendemos a comer linhaça e a gostar do Paulo Coelho. Em casos extremos, até deixamos de torcer pelo Flamengo. Mas isso pode ser negociado.
Pela mulher amada, nós nos rendemos à pieguice, criamos apelidos cômicos e fazemos todo tipo de dengo para cativá-la. Mandamos inúmeras cartas perfumadas, mesmo morando uma rua depois dela. Porque só o ridículo salva o amor da frieza do mundo. Pela mulher amada, invadimos a casa do vizinho para roubar as mais belas flores, que dinheiro nenhum seria capaz de pagar. Trocamos o dia pela noite, só para ficar horas observando o jeitinho bonito que ela tem de dormir, e aceitamos todos os cutucões durante a noite para pararmos de roncar. Por fim, pela mulher amada, esperamos o tempo que for preciso. Sem vacilar.
10 comentários:
Oi João,
muito lindo o texto, quem dera sentir-se amada assim!
bjs
Meu amigo, por enquanto estou só esperando.. grande abraço!
Pow, John, que lindo! Pois é, por amor a gente faz cada coisa... agora passar a gostar de Paulo Coelho é f... viu, hehhehehehe!
Concordo plenamente, "só o ridículo salva o amor da frieza do mundo." E desejo que vc consiga ser cada vez mais ridículo viu!
Xero grande.
Feliz daquela mulher que seja alvo de um amor deste tipo, sendo também capaz de retribuir como você merece. Bonito texto, de um romantismo que há tempos não via por aqui. Beijo grande, meu querido.
Parabéns caro joão uma crônica em forma de poema. Muito bem feita e agradabilíssima de se ler. Mandei um e-mail pra vc contando de q forma cheguei até aqui espero q tenha recebido. Daqui da terra do sol escaldante te mando um forte abraço e todo sucesso do mundo.
João,
É sua a frase: "A mulher amada é aquela que se inscreve em nosso sangue com a força de uma queimadura."
Amei.
Adriano
E aí meu querido, nos brindando com mais este presente em palavras. Tô compartilhando-o no facebook. Grande abraço.
Belo texto! Parabéns.
Nossa, que lindo. Lindo mesmo... Estou sem palavras...
Ana Paula
Simplesmente lindo. Sem palavras...
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