Um peito aberto
Aos disparos tristes
De uma vida fechada,
Cercada pelo tudo
E pelo nada.
O baque é oco
E o grito é mudo,
A alma é estilhaçada
Pelo sorriso ressentido,
Preso na voz calada.
A fome sussurrada
Sempre acompanhou o choro,
Vida e morte de mãos dadas,
Quase num coro.
É crepúsculo
No corpo do menino triste,
Do menino bom,
Forte é aquele que resiste.
Foram mãos duras
Que teceram teus sonhos,
Pelos olhos murchos de uma vida seca.
2 comentários:
Hummm, muito bom, mas me lembrou Vidas Secas do Graciliano Ramos, será acaso? kkkk. Bom, a verdade eh que o cenário de tão seco chegou a me dar sede.
Estão lindas as tuas crônicas,espero que continuem as mesmas assim.
obs: se tiver erros de português não ligue para os mesmos.
beijos!
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